sábado, 17 de outubro de 2009


Sou o vento, sou poeta

Fiz o papel do vento
Fui o sopro dos poetas
Escrevi nesse contento
Das tardes discretas

Vesti a serenidade do ar
Na eloqüência fui taxado
De louco e desvairado
Não me deixaram assoprar

Perguntei se amar poderia
Já que o vento me compete
Plácido e sereno cantaria
Falas sopradas de trompete

Ao dizer me contradigo
Perguntar-me inquieta
A resposta meu amigo
Sou o vento! Sou poeta!

Andre Fernandes

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