domingo, 25 de setembro de 2011



A canção de todos (Bob Marley)

Um dia até fiquei louco, disseram que não cantava
Que não encantava e que louco estava
Um dia provei a todos, que todos estavam errados
A canção não é de poucos e nem de muitos, é de todos nós...

Brancos e negros...

Um dia sonhei morrer e esse dia chegaria, pois pra sempre não viveria
Eterno é aquele que dura uma fração de segundo e nunca se esquece
Minha música toca com esses dedos, não fumo apenas
É uma vida de louco... São deles que escrevo meus acordes, e são eles que eu viajo...

E quando morrer... Que me fumem! Pois assim alimentarei suas mentes loucas...

O mundo em que vivemos tem regras, tem discriminação, mas mesmo assim
O reggae difundiu, e mostrou que esses princípios são apenas detalhes e o que importa é amar
Pensei, escrevi e não é preciso ser um famoso poeta pra escrever o que sente
Não quero ser o menestrel de loucas palavras, e nem fazer entender pelos meus pensamentos...

Quero tocar a todos com minha canção...

Bob Marley é uma invenção do tempo... Ele eternizou com palavras sábias
Robert Nesta Marley é um inventor que o mundo soube admirar
O rastafári foi um culto a sua influência e fez dele suas raízes e crenças
Mas foi dele o motivo de sua partida... Sobrou agora saudade de um cantor.

André Fernandes

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Paixão pela poesia

A paixão é assim, vem, instala num piscar
E quando menos se espera, o amor surge
A poesia é assim, vem num estalar
Quando a inspiração foge... Insurge!

A paixão, alguns sentem, a poesia não
É uma intimidade, é um casamento
Separação, conciliação... É uma união
Fingimento, dedicação e testamento

A paixão, para mim, chama-se essência
Inspiração de um poeta, minha vestimenta
Veste do frio, aquece! Não é ciência

A paixão vem de dentro, e te alimenta
Do amor, de uma causa, de uma carência
Apaixonado por ti! Poesia que me contenta

André Fernandes
Afluentes

São águas que deságuam
Correntes de um rio principal

Sou como um rio afluente
Seguindo o meu curso

Na amabilidade do meu trajeto
Preso em linhas e curvas

Desaguando todo meu rio
Caudaloso e amável rompante

O lenço segue o curso na água!

André Fernandes
Imaginação

Dão asas a nossa imaginação
E o poeta voa!
E a poesia dá um rasante
E o poema viaja
Nas mentes dos fingidores
Férteis trovadores
Dos maiores pensantes
E a imaginação cria formas
Anjos de ceras nascem
Com destinos inquietantes
E pousam deslizantes
Em tuas palavras
E em tua boca, declamam viagens
Sobram paisagens
Campos úberes dos maiores
Destinos
E a imaginação é lampejo
Dobras de viagens
Sonhos esquecidos
Amores proibidos
E a minha imaginação
Cada canto que um dia
Eu pousei.

André Fernandes


Tríade parnasiana

Tuas ondas, tuas pombas, tuas rimas
Tantas formas, tantas glórias impostas
Tantos beijos, e estrelas, que te estimas
Tantos e perfeitos corpos que te importas

Foi o melhor de todo o beijo, foste o pior!
A língua portuguesa, o Lácio, a forma
O culto à beleza, o belo, foste o maior!
E todos morrem! Ressuscitam à norma

Oliveira... Sou teu fã, no afã do universo
Correia, minha nudez, lucidez, vou aprender
Que belos contos, encantos são belos versos

Bilac e seu lirismo, eu lírico, épico, irei ler
Teus lindos sonhos, teus campos, in’versos
Ah! Trio dos devaneios, me, encantas ser...

André Fernandes

quinta-feira, 31 de março de 2011