sábado, 17 de outubro de 2009


Papel ao vento

Vou escrever assim!
Igual o vento escreve a mim
Assopra e inspira
Devora a escrita
E a mim se atira!

Vou ser esse papel
Que a brisa costuma ser
Redigir no ar meus anseios
Que o poeta acha ter
Ambição de ser tornado

Papel do ar segue adiante
E o tempo compõe ao passar
E a vida do trovador instigante
Literatura de o meu versar
Vento que lavra voar!

Sobe ao céu meu escrito
Passado a limpo meu pensar
No maior dos meus devaneios
Segue divino sem parar
Vida que tenho descrito! Voar...

André Fernandes

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