sexta-feira, 30 de abril de 2010


Ecos de palavras II

Ainda que nossas vozes fossem esquecidas pelo tempo
Ainda assim viveria falando a todos o quanto a amo

Ainda que nossa história tivesse um fim inevitável
Ainda assim não deixaria de contar mesmo efêmero te amaria.

Ainda que nossas memórias fossem apagadas pela vida
Ainda assim viveria a certeza de sua saudade, mesmo abrandadas

Ainda que a essência dure apenas pouquíssimos anos
Ainda assim seria eterno enquanto vivo, seria eternidade sentida

Ainda que fôssemos parcela de nosso criador, mesmo aqui na terra
Ainda assim seriamos anjos, feito do amor de nosso querido pai

Ainda que nosso abraço não adornasse todo o nosso carinho
Ainda assim abraçaríamos mesmo que mínimo de nosso amor

Ainda que nosso eco não retornasse e calada fosse nossa dúvida
Seria ainda a resposta de um jovem poeta no cume de minhas

Humildes palavras...

André Fernandes

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