domingo, 21 de fevereiro de 2010


Fênix

Nesse instante tudo brota
A veia poética do pássaro salta
Voa e das cinzas o seu passeio
E formam asas da imaginação
Sim! O poeta surge fênix...
Eu morri ontem!
E renasci hoje
Cada dia é um nascimento
E cada por do sol o descanso
Do nosso pássaro...

André Fernandes

“Desejei ser fênix, pra morrer um dia abraçado ao meu talento, e renascer novamente no contentamento de um novo artista passarinho, e hoje fui ele...” ALF.

Capricho de poeta?

É capricho ser lido?
Então porque escrevemos?
Será que sou hipócrita?
Tantas perguntas sem respostas...
Que jamais irá tirar de mim
A vontade de ser
Poeta

André Fernandes

Ternura

É quando choramos e fazemos sentido
Do que estamos sentindo...
Dizem-nos escorrendo que a tristeza
É apenas a singularidade de uma
Ternura...

André Fernandes

Ler a mim...

Pra fazer sentido
Basta ter significado
E nos deixar entender
Às vezes sentimos
Sem nos fazer alcançar

Pra sermos aceito
É se deixar aberto
Mesmo estando fechado
Mas com a tranca
Do coração liberto

Pra sermos assim
Não basta o esforço
De querer sentir
Se não o sente
Com veracidade

Já há algum tempo
Deixei de me entender
Minhas palavras doíam
Pois não sabia a quem
Poder escrever

Entendi que elas
Doíam porque não as
Escrevia pra mim
Senti isso quando
Não pude me entender

Nem ler a mim...

André Fernandes





Em plena sintonia poética

Não existe perfeição sem sintonia
Nem o dia sem o sol
Nem à noite sem a lua
Quando um descansa
O outro se levanta

Não existe sorriso sem alegria
Nem bateria sem harmonia
Nem poesia sem lírica
O som nos dá o tom
O poema dá fantasia

Não existe arco-íres sem a chuva
Nem dança sem música
Nem topada sem o dedão
Só existe toda harmonia
De nosso corpo e coração

Não existe apenas um gostar
Se não houver reciprocidade
Mútuo sentimento harmonioso
Quando um desiste de amar
Perde o encanto único do par

Dizem que existe a alma gêmea
Mas a mim existe uma busca
Que a felicidade perfeita
É mais que um aguardo
É a alma em sintonia

André Fernandes

Doação

Quando a gente doa sentimentos
A gente fala com o coração
Quando nos doamos de desejo
O sentimento aflora de emoção

Não coloco meus desejos ardentes
Na loucura de um amor impossível
Coloco meu amor possível
Na candura de um sentimento amável

Quando nasce algo que cultivamos
Que cresce de tamanho ao doar amor
Cresce a responsabilidade de manter
Um amor cai se não regar como flor

Você é o meu sorriso... Minha luz
A luz da minha vida... Meu lar
O lar do seu abraço... Meu sonho
E o sonho possível... Meu amor

By André Luiz Fernandes

Fleuma poética

Eu tanto que escrevo n’alma
Grito e determino à poética batalha
Que nós poetas se acalma
Na quietude do meu ser

A mim rascunho duelos deleites
Sofridos embates de escritas severas
Na paz que o sossego impera
A fleuma do soldado valente

Sou eco de línguas passadas
Escritos de loucos artistas
Que a paz das tantas pelejas
Caíram na graça das palmas

Agora apenas a serenidade
Da luta não ser disputa
Nem deixar de ser labuta
Dessa alma de verdade

De André Fernandes