sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Literatura alienada
O poeta parnaso descreve o abstrato
Não sente e não tem paixão
O parnasianista é alienista de fato
O amor é descrição de um coração
Rebusca a linguagem de um movimento
Metrifica a emoção com figura
Não olha ao seu lado a nenhum momento
Há quem sente só amargura
Mas a escola mostra inteligência
Não mostra anseio de sentimento
O som da palavra vem de urgência
Não pra abrandar de contento
Sua palavra é difícil de entender
Seus amplos valores são de vigor
Rígido e alienado não querem só ser...
Querem sorver elogio e não o amor
Literatura alucinada com direção
Dos que agrada a linguagem universal
Mas a palavra que chega é tal
Qual coração sem administração...
Às vezes me vejo parnasianista
Poeta ligeiro com honras e glórias
Com regra e métrica alienista
Que não tem obras simplórias...
Vou deixar o meu contento
Cheio de graça e valentia
Terminar o meu alento
Dessa virtude e maestria...
By André Fernandes
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