terça-feira, 21 de julho de 2009
Reencontro dos rios
Conta uma lenda
De uma finíssima lágrima
No seio de sua aldeia
A bela amada ao seu encontro
Do guerreiro um sorriso lhe deu
A mais linda de todas era só seu
Tupã, assim disse que o encontro era impossível
Ele deveria abdicar de seu amor
Aquela que ela tanto queria
Jaciara calou...
O coração apertou...
E os olhos somente uma lágrima caiu
O pingo transformou a terra em um rio
A linda morena então calmamente abraçou a luz
Despediu das estrelas e sorriu pela última vez
O rio a cingiu... Levou-a
O valente em sua bela forma desabou
Então gritou ao tupã...
Leve-me!... Antes sorria agora só choro
E a lágrima queima meus olhos
Por ser ela a ingrata prisão de minha amada
Seu ato o fez surgir um pingo tão caloroso
Que abriu o veio da terra e o transformou em outro rio
Conta que através dessas lágrimas houve o reencontro
Dos dois, o encontro de dois rios amazônicos
Chamado pororoca...
By André Fernandes
Veja só quem chega...
Não é porque estou chegando que a alegria
É sentida...
É colhida de uma flor, a sua beleza
E vem de seu interior o seu perfume
O frescor da amizade
E nem é porque eu fujo que a saudade
É lembrada...
Ela vem de uma amizade, nossas lembranças
E vem de uma vivência, nossas memórias
Do que ainda somos
Pode ser que um dia tudo finda e acabe
Ou é esquecida...
Mas nunca é deixada de lado enquanto dure
Enquanto o estoque do coração de você
Ainda bater por mim...
Veja quem vem chegando, em alegria
O sorriso...
Aquele escondido, que roubei de você
E que fiz par dos meus, e que viraram
Beijo de nós...
By André Fernandes
Não é porque estou chegando que a alegria
É sentida...
É colhida de uma flor, a sua beleza
E vem de seu interior o seu perfume
O frescor da amizade
E nem é porque eu fujo que a saudade
É lembrada...
Ela vem de uma amizade, nossas lembranças
E vem de uma vivência, nossas memórias
Do que ainda somos
Pode ser que um dia tudo finda e acabe
Ou é esquecida...
Mas nunca é deixada de lado enquanto dure
Enquanto o estoque do coração de você
Ainda bater por mim...
Veja quem vem chegando, em alegria
O sorriso...
Aquele escondido, que roubei de você
E que fiz par dos meus, e que viraram
Beijo de nós...
By André Fernandes
domingo, 19 de julho de 2009
Soneto & soneto (decassílabo heróico)
O início é um quarteto a mim divagado
Versos vêm e se entregam e se alinhas
Que sua estrofe canta, verve alado
Quadras rimadas formadas em linhas
O segundo vem torna-se ao primeiro
No ato de ti sou poeta, fiz ser poema
Som de um vate à canção derradeiro
Escrita de relíquia, ele é meu lema
Vem e conclui um terceto aclamado
Pode ser nesse ou último, tanto faz
Escreve nele, o faz ser proclamado
Sendo que não se perca e não se desfaz
Fiel no lançamento, obra afamado
Que sem elas não tem como se refaz
By André Fernandes
Liberdade de vanguarda (Soneto Decassílabo)
É dentro de nós, a graça caudilho
É testa de texto a traça engraça
É choro de fora, e é empecilho
Na farsa de ser a livre desgraça
Liberdade de dentro da cabeça
Não entra com porta entreaberta
Não deita nem acolhe nem à beça
Doma-a, ganha, educa ser aberta
É no livre pensar que eu arbitro
No conjunto de versos perfeitos
Na majestosa alforria de texto
No versar propriamente de atrito
No roçar de memórias sem jeitos
Nos trejeitos do altivo contexto
By André Fernandes
É dentro de nós, a graça caudilho
É testa de texto a traça engraça
É choro de fora, e é empecilho
Na farsa de ser a livre desgraça
Liberdade de dentro da cabeça
Não entra com porta entreaberta
Não deita nem acolhe nem à beça
Doma-a, ganha, educa ser aberta
É no livre pensar que eu arbitro
No conjunto de versos perfeitos
Na majestosa alforria de texto
No versar propriamente de atrito
No roçar de memórias sem jeitos
Nos trejeitos do altivo contexto
By André Fernandes
domingo, 5 de julho de 2009
Amor de palhaço (parte 3)
Seria fácil lhe entregar meu sorriso
E dele fizesse sua alegria mais possível
Se não fosse assim como palhaço ser impossível
Guardar os aplausos que me ofertam a mim
Seria até mais simples se não houvesse picadeiro
E se o palco da nossa vida fosse baú cheio de ouro
Onde pudéssemos guardar nossas alegrias inteiro
E fôssemos capazes de quando triste abrir nosso tesouro
Não agüentaria lavar meu rosto de onde pinga choro
Se delas é o que faço de melhor na alegria de bufão
Poderia até pintar minha essência no rosto, não de tolo
Nem de bobão, mas de uma profundeza de coração
O amor dele viaja, mas não desenha motivos de tristeza
Mas dele o papel que o faz é mostrar as certeza
Que o tal personagem pinta o rosto com clareza
De nunca usurpar as vivas de um artista de imensa beleza
By André Fernandes
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Azul
O azul é o manto que te navega
É a água que te carrega
É o horizonte de uma cor
É o céu que te entrega
O azul é o barco que te conduz
É o caminho fundo de um oceano
É o mar de uma única luz
É o blue song que me seduz
O azul é essência e não ausência
É rota sem estrada, é navegável
É sol azulado é reminiscência
É horizonte afável
By André Fernandes
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