segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Um coração

Ele pulsa! Pulsa, bate forte esse coração de poeta, é assim, quando ele estronda, raios de imaginação percorre seu interior. Há! Como pula, e pula tanto, chega a doer de tanto pular, esse coração pulsante não pode parar. Tornou-se meu fiel escritor, que quando adoece, ele não chora se cala, que quando enternece, ele sublima! Ah! Esse danado me cansa. Favos de imaginação percorrem sua veia, descrito de tal maneira. Há! Esse danado nada me cansa.

André Fernandes

sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Fingidores

Se teu verso finge perfeitamente
Todas as dores que sente
Se teu verso nos atinge calmamente
Lá na alma ele vem serenamente

Se teu verso é cria do seu fingir
Como fingir o amor que sente
Como disfarçar em palavras o sentir
O sentimento nosso e inerente

Se tua rima fosse não só disfarce
De todo o seu sentimento
Fosse sua prova mais eloqüente
Magnitude amor sem mais no momento

Se tua verve mais nobre me calasse
Quando lesse do seu fingimento
Serei eu o mais! De todos os fingidores
Todas as dores! O meu nobre... Lamento!

André Fernandes

(parafraseando Fernando Pessoa)

Barquinho

Quando navegamos o imaginário
Pintamos, delineamos a nossa rota
Águas que enfeitam são tintas guaches
E o nosso momento de poeta
Barquinhos de papel.

André Fernandes

Poetas!

Aos poetas que travam suas batalhas geniais
Que fazem dos versos estilhaços da alma
E rompem barreiras, quando uma nos alcança
Aos poetas! Cujo Álamo protege firmemente
Seguramente faz da sua maior obra prima
Fragmentos de cada essência sua...
Aos poetas! Que nos destinam canhões
Tiros de pura simplicidade e nos matam
Em sua pequena peleja de artista
Aos poetas que simplesmente faz do papel
O branco, a pólvora que explode!
Implode e cai abaixo cada lampejo
Cada rima, a dinamite pura
De nossa batalha...

André Fernandes