sábado, 17 de outubro de 2009
Sou o vento, sou poeta
Fiz o papel do vento
Fui o sopro dos poetas
Escrevi nesse contento
Das tardes discretas
Vesti a serenidade do ar
Na eloqüência fui taxado
De louco e desvairado
Não me deixaram assoprar
Perguntei se amar poderia
Já que o vento me compete
Plácido e sereno cantaria
Falas sopradas de trompete
Ao dizer me contradigo
Perguntar-me inquieta
A resposta meu amigo
Sou o vento! Sou poeta!
Andre Fernandes
Grito ao vento!
Meu nome divide o vento
O grito o eco dá alegria!
Gotas saboreiam o alento
Que a chuva a terra envia
Seu sobrenome vem com rajada
No estrondo ouvir do trovão
Raios surgem do nada! Se vão!
Rasgar silêncio da noite velada
Brado e disfarço gritar da brisa
Eis o nome que Deus me traz
Eólico vórtice chama-te poetisa
No bradar que a noite lhe faz
Urro pra buscar ar dos pulmões
Que o mesmo me fez gritar!
Da resposta se tornou canções
Cantada pra muito escutar
André Fernandes
Papel ao vento
Vou escrever assim!
Igual o vento escreve a mim
Assopra e inspira
Devora a escrita
E a mim se atira!
Vou ser esse papel
Que a brisa costuma ser
Redigir no ar meus anseios
Que o poeta acha ter
Ambição de ser tornado
Papel do ar segue adiante
E o tempo compõe ao passar
E a vida do trovador instigante
Literatura de o meu versar
Vento que lavra voar!
Sobe ao céu meu escrito
Passado a limpo meu pensar
No maior dos meus devaneios
Segue divino sem parar
Vida que tenho descrito! Voar...
André Fernandes
sábado, 10 de outubro de 2009
Fleuma poética
Eu tanto que escrevo n’alma
Grito e determino à poética batalha
Que nós poetas se acalma
Na quietude do meu ser
A mim rascunho duelos deleites
Sofridos embates de escritas severas
Na paz que o sossego impera
A fleuma do soldado valente
Sou eco de línguas passadas
Escritos de loucos artistas
Que a paz das tantas pelejas
Caíram na graça das palmas
Agora apenas a serenidade
Da luta não ser disputa
Nem deixar de ser labuta
Dessa alma de verdade
De André Fernandes
Eu tanto que escrevo n’alma
Grito e determino à poética batalha
Que nós poetas se acalma
Na quietude do meu ser
A mim rascunho duelos deleites
Sofridos embates de escritas severas
Na paz que o sossego impera
A fleuma do soldado valente
Sou eco de línguas passadas
Escritos de loucos artistas
Que a paz das tantas pelejas
Caíram na graça das palmas
Agora apenas a serenidade
Da luta não ser disputa
Nem deixar de ser labuta
Dessa alma de verdade
De André Fernandes
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Dilúvio...
Não lava a alma, leva e arrasta
Leva tudo da praça, vai e alastra
Sacia, tem sede, derruba e devasta
Cacimba sem água do norte contrasta
Vem cheia, vem calma, e forte deságua
Na rua do pobre do nobre carente
Do rico aparente sem graça sem água
Miserável e inocente decorre enchente
Dilúvio de gestos, indigestos feridos
Palco de atos, de glórias simplórias
Das amarras que a vida nos é sofridos
São bravos triunfos que faz memórias
E vaza a nascente do rincão alagado
Cidade naufraga, povo navega e nada!
Transborda tormento, aluvião... Propagado
Acalma, há vazante, distante calada!... Shiiiii
De André Fernandes
Nossa canção
É um vício desvairado
Em sintonias penetrantes
Na cama um ato alucinado
Composição de semblantes
É uma dose de chamego
Que o corpo escreve notas
É o Máximo do apego
Nem mais roupa nem botas
É um gole de conhaque
Ao tomar quente você
A nota vem na echarpe
Que tiro logo ao te beber
Nossa canção pega fogo
Vem com palmas e com grito
Levanta platéia, desafogo
No alívio musical restrito
De André Fernandes
Beleza de nossa história
Sim! O tempo passa
Desconsola com o passar
Que o consolo dos dias lhe deu...
Fixaram em nossos rostos todos os gostos
Todas as vantagens do amor
Todos os desamores do desgosto
Transparecem alegrias decorridas
Tristes as decorrentes adquiridas
Máximas lágrimas caídas
A poeira é nosso grão da ampulheta
E o tempo escreve ao cair pra baixo
E a vida cessa conforme cai embaixo
Deixa sim! Deixam dureza e amabilidade
O dia é assim... Duro e afável conforme dita
A regra de nossa poeira... O ser humano!
Rugas caminham juntas com a beleza de nossa
História...
De André Fernandes
Sim! O tempo passa
Desconsola com o passar
Que o consolo dos dias lhe deu...
Fixaram em nossos rostos todos os gostos
Todas as vantagens do amor
Todos os desamores do desgosto
Transparecem alegrias decorridas
Tristes as decorrentes adquiridas
Máximas lágrimas caídas
A poeira é nosso grão da ampulheta
E o tempo escreve ao cair pra baixo
E a vida cessa conforme cai embaixo
Deixa sim! Deixam dureza e amabilidade
O dia é assim... Duro e afável conforme dita
A regra de nossa poeira... O ser humano!
Rugas caminham juntas com a beleza de nossa
História...
De André Fernandes
Amor cego sente... Visão aparente
Sente aos olhos!
Penetra, mas não conquista
Sente ao coração!
Adentra, absorve e te aspira
Sente o olhar!
Enxerga, mas não te namora
Sente o afeto!
Não vê, mas consegue te namorar
Sente os braços!
Abraça, conforta, mas não é sempre
Sente o calor!
Dentro fica, acalora afaga e acarinha
Sente a visão!
Aparece, seduz, te fita é fácil assim
Sente o amor!
Arrepia, desejo aumenta, esquenta e aquece
O amor consegue sentir por dentro mesmo cego...
Os olhos não conseguem sentir... Só aparente desejo...
De André Fernandes
Adocicado
Docemente adocicado
Saboreado levemente
Inocente até provado
Gostado suavemente
Versado inteiramente
Completamente falado
Sugado explicitamente
Livremente adorado
Lindamente rimado
Ritmado com a gente
Calmamente adoçado
Admirado e inerente
Ligeiramente salgado
Açucarado com leite
Sugado e deleitado
Corado com deleite
Somente verso alado
Viajado pela mente
Tente sim ser aclamado
Destacado lindamente!
De André Fernandes
Arte de amar
Não seria arte a lisura de um beijo?
Ou seria um beijo apenas...
E o abraço não haveria de ser uma obra prima?
Ou apenas um conforto de amigo
Meu corpo esculpiu a arte divina do amor
Fez do seu contorno momentos de toque
A arte que não olha, mas que degusta
A que não se ensina e que se destina amar
E o que seria arte sem a beleza do olhar
O nosso fruto que o ventre nos oferta
Há quem aprecie o sabor do sentimento
Mas a arte de amar é saber sim amar
Não é cama apenas onde fazemos arte
Ele é de momento e o calor abrasa as mãos
Lapida com suor o gosto da paixão de desejo
E deixa sobreposta na tela dois corpos nus
Que a arte delimitou amar...
E onde desenharia esse desfecho sensual
Qual desenho seria a trama perfeita?
Somos obras feitas do amor de um criador
Somos a imagem desenhada dessa arte divina
De um infinito desejo de artista...
By André Fernandes
Assinar:
Postagens (Atom)